Uma das argumentações da casta política sem qualquer compromisso com o país para justificar a privatização da Petrobrás, e os leilões dos campos do pré-sal, é dizer que temos muito petróleo e que em breve não será mais tão valioso. Afinal, dizem eles, as novas tecnologias logo irão substituí-lo por outras matrizes energéticas, como a luz solar e eólica.
Com esse discurso, o governo tem permitido a entrega das reservas da Petrobras a preço de banana, como aconteceu com a venda de três campos de petróleo na Bacia de Campos (RJ). Os campos de Carapeba, Vermelho e Pargo foram vendidos por de US$ 370 milhões (cerca de R$ 1,4 bilhões).
Segundo estudo do Dieese, o valor é praticamente irrisório se comparado com o potencial dos três campos. Com base nos dados públicos fornecidos pela ANP, as reservas atuais, de outubro de 2018, dos campos de Pargo, Carabepa e Vermelho são de 1,5 bilhões de barris de petróleo e 6,7 bilhões de metros cúbicos de gás natural.
Ou seja, pelo preço atual do barril de petróleo, a Petrobras abriu mão de campos que equivaleriam a R$ 441 bilhões. A maior empresa do país vendeu seu futuro por, aproximadamente, 0,3%.
  A privatização da Petrobras não se trata de venda, mas de entrega criminosa do petróleo descoberto pela país ao estrangeiro.É crime porque enquanto o governo transfere nossas riquezas, mantém mais de 50 milhões de pessoas abaixo da linha de pobreza e mais de 10 milhões de miseráveis.
Por tudo isso, somos contra a privatização da Petrobras.
Se de fato as reservas internacionais de petróleo estão se esgotando, como é o caso dos EUA, a realidade brasileira é bem diferente. No mínimo, teremos por mais meio século a produção de petróleo em nosso país. Essa vantagem frente aos países desenvolvidos poderia servir de alavanca para o desenvolvimento justo e igualitário do Brasil, gerando milhões de empregos, estimulando o crescimento da indústria nacional e injetar grandes somas na Educação, Saúde e Segurança, alçando o país a índices de desenvolvimento humano como o da Noruega, o sétimo pais mais rico do mundo.De acordo com estudos da ANP e Petrobras, existe ainda cerca de 100 bilhões de barris de petróleo em reservas em potencial, com 90% de chances de serem provados já nos próximos anos.