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Educação federal reivindica: negocia conosco, presidente Lula!

11/06/2024

  

Educação federal reivindica: negocia conosco, presidente Lula!

Greve continua e segue apostando em negociações mais democráticas

Rosângela Ribeiro Gil
Redação ABCP

11 de junho de 2024 – A ABCP acompanha a greve nacional da Educação Federal, no País, iniciada em abril último, com muito interesse e apoia as categorias de professores e técnicos-administrativos em suas reivindicações de reposição salarial e valorização da educação federal. Conforme as entidades representativas das categorias, a paralisação atinge 59 universidades e mais de 560 colégios federais.

O movimento, conforme comunicado nº 72 (leia aqui), do Comando Nacional de Greve,  “permanece lutando em defesa da educação pública e da valorização de docentes e TAEs [técnico-administrativos em educação], junto a estudantes, que constroem, cotidianamente, as universidades, os institutos federais e os CEFETs [Centros Federais de Educação Tecnológica]”.

O Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), a Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra) e Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) publicaram carta aberta (leia a íntegra aqui) ao Presidente Lula, neste 10 de junho. A seguir, destacamos alguns trechos do documento:

“Conforme é do conhecimento de Vossa Excelência, nós, servidores(as) da educação federal, por todo o país, seguimos em greve há quase 90 dias (Fasubra) e há mais de 60 dias (Andes e Sinasefe). Ao longo de mais de um ano do processo negocial, iniciado desde sua posse, temos envidado todos os esforços, a fim de chegarmos a um acordo que dialogue com as nossas reivindicações (de técnico-administrativos em educação e de docentes), pois vimos nossas capacidades de consumo e de sustento de nossas famílias derreterem ante os anos de congelamento salarial. Suportamos, ao lado dos(as) trabalhadores(as) dos serviços essenciais, o peso da tragédia decorrente da pandemia do Covid-19 (causada pelo Novo Coronavírus SARS-CoV-2). Ademais, não sucumbimos aos sistemáticos ataques morais e às tentativas de emplacar as narrativas postas pela direita/extrema-direita, com apoio da grande mídia, de desqualificação, como por exemplo, a propaganda que servidores e estudantes não faziam nada além de balbúrdia nas instituições de educação.

[...]

Contudo, ao contrário do que esperávamos do governo de Vossa Excelência, cujo pleito foi amplamente defendido e construído de modo prioritário por todo o serviço público federal, em especial, nós da educação, não temos recebido o devido e respeitoso tratamento durante o período das negociações. Temos visto, com ressentimento, a ausência de sua atenção a esse processo. Em 2023, recebemos, com perplexidade, a informação de que ficaríamos de fora da LOA 2024, assim como de que, neste ano, já no período de greve, também não seria contemplada com o excedente orçamentário. Enquanto isso, acompanhamos outras categorias do funcionalismo federal seguirem fechando acordos com o atual governo, de reajustes salariais e de reestruturação de carreiras, inclusive, com impacto orçamentário para 2024. Não que sejamos contra as conquistas dos trabalhadores, contudo, se o governo quer mesmo reconstruir o Brasil, é impossível que a educação fique com as migalhas do orçamento.”

Por fim, a carta reafirma o compromisso da educação federal em negociar e acreditar no diálogo sério e transparente para se chegar “a um acordo de greve satisfatório, justo e fortalecedor das carreiras dos Técnicos Administrativos em Educação e dos Docentes do serviço público federal”. E destacam, ainda, a expectativa do governo se manter ao lado da democracia e “da garantia dos direitos de todos(as) os(as) trabalhadores(as), apelamos para que nos receba e que assuma a negociação decorrente da nossa greve”