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Redação ABCP
Com informações do site do Sindipetro-LP
Nesta segunda-feira, 25 de julho, os petroleiros dos grupos de turno da RPBC/UTE Euzébio Rocha iniciaram greve contra a implantação da tabela de turno 3x2. A gerência da unidade quer impor à categoria uma escala de turno que estabelece apenas um final de semana de folga a cada dois meses. Conforme informação do Sindipetro-LP, a paralisação foi iniciada com todos os petroleiros entrando na unidade no horário para fazer a escala 6x4.
Como forma de prejudicar o movimento, a gerência da unidade cortou a rendição do Grupo 1: “Com a presença dos diretores do sindicato e do advogado da categoria, após passarem pela catraca e registrarem presença no ponto, os petroleiros se dirigiram para suas unidades, mas foram impedidos pela gerência de iniciarem seus trabalhos, tendo que deixar a refinaria e UTE.”
À tarde, às 15h, os petroleiros do grupo 5 que assumiriam o turno tiveram seus crachás bloqueados na catraca, sendo impedidos de entrar na refinaria. Até o momento, a RPBC e UTE estão sob controle da contingência da empresa.
A decisão pela greve foi aprovada por ampla maioria dos petroleiros do turno. Com 271 votos a favor, 12 votos contrários e seis abstenções, a categoria aprovou a realização de GREVE em caso de implantação de turno 3X2.
A direção da empresa, todavia, não está respeitando a decisão da Categoria Petroleira e está se valendo de assédio para implantar a tabela 3x2. “A chantagem da empresa tem o apoio das gerências das unidades, que veem na renúncia ao passivo uma chance de se livrarem da responsabilidade sobre ações trabalhistas que estão sendo vitoriosas a favor dos trabalhadores”, diz a notícia do Sindipetro-LP.
Tabela 6x4
A tabela 6x4 defendida pelos petroleiros foi indicada pelo ministro do Tribunal Superior do Trabalho, Alexandre de Souza Agra Belmonte, para que fosse seguida na refinaria e UTE durante a pandemia e até que o TIR de 12 horas, escolhido pela categoria em assembleias no final do ano passado, fosse assinado com a empresa. Até o momento os atuais gestores da Petrobrás se recusam a assinar o TIR de 12 horas, pois querem que os trabalhadores desistam do passivo trabalhista gerado na escala anterior.
A greve é a única resposta possível para barrar e reverter todo e qualquer tipo de ataque cometido pelo alto escalão das unidades. Mesmo com o assédio pesado que está acontecendo na empresa, os petroleiros do turno do LP estão decididos a continuar a mobilização contra a implantação da tabela 3x2.