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Redação ABCP
O crime político bárbaro que ceifou as vidas do indigenista Bruno Araújo Pereira e do jornalista inglês Dominic Phillips não está relacionado apenas à situação de conflito em terras amazônicas, mas remete ao projeto de País que anda a passos largos. Eles estavam desaparecidos desde o dia 5 de junho e foram vistos pela última vez na região do Vale do Javari, na Amazônia.
Nos últimos anos se evidencia o quanto a nossa política em torno dos nossos recursos estratégicos e do nosso patrimônio natural vem sendo afrouxada pelo atual governo. Não só na intensificação da desproteção em torno dos povos e das pessoas em condições diversas de vulnerabilidades, mas também no aumento a própria situação de vulnerabilidade e de crimes violentos contra a vida daquelas pessoas que lutam na pauta ambiental e dos direitos humanos.
Quando a Categoria Petroleira defende a Soberania Nacional como uma das justificativas contra a privatização da Petrobrás, nesta defesa estão envolvidas não só a questão energética e a luta contra o imperialismo ganancioso dos países do Norte, mas também a soberania dos povos e a proteção do nosso patrimônio natural.
Para reverter este cenário de horror em que vive o nosso país, será necessário intensificar a organização e a luta de todas as pessoas que são protagonistas nas diversas lutas tão necessárias por um mundo mais justo e com integridade ambiental. A questão amazônica envolve uma questão ambiental planetária. O que está em jogo não é só o tempo presente, mas o futuro dos nossos filhos, netos, o futuro da vida humana na Terra.
O governo ultraliberal de Bolsonaro e Paulo Guedes, representante dos interesses do capital agrário, comercial, industrial e financeiro, com o apoio da grande mídia, ao invés de proteger as pessoas, a fauna e a flora, dá guarida, ao arrepio da lei e do processo civilizatório, ao banditismo, ao crime, ao desmatamento, a todo tipo de atrocidade que atenta contra a vida humana, o meio ambiente e os animais.
Nós, da ABCP, temos como mote resguardar a Categoria Petroleira perante as injustiças (punições e demissões) praticadas pela empresa contra quem luta e de forma a minar o movimento sindical. Por isso, precisamos ser intransigentes em defesa da luta, da proteção e da vida daquelas pessoas que lutam em qualquer pauta, seja sindical, social e ambiental.
Todas estas lutas convergem na defesa da vida!
Diretoria
Associação Beneficente e Cultural dos Petroleiros do Litoral Paulista (ABCP-LP)