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Redação ABCP
Com informações do site do Sindipetro-MG
A ABCP se solidariza aos petroleiros da Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim (MG). A categoria foi surpreendida, nesta semana, com a presença de blindados do Exército Brasileiro e de diretores da Petrobrás dentro das dependência da refinaria. A informação é do Sindipetro de Minas Gerais.
A situação levantou muitas dúvidas e deixou a categoria em alerta, pois tem crescido os rumores de uma privatização iminente da unidade mineira. Por isso, o Sindipetro local enviou ofício questionando a gerência local sobre essas movimentações recentes.
Ainda de acordo com o Sindipetro-MG, a presença das Forças Armadas, nos dias 7 e 8 de junho, na unidade ainda não foi justificada pela gerência local. Ao mesmo tempo, a direção sindical “enviou um ofício à gerência da refinaria, cobrando explicações sobre a presença dos homens fortemente armados e exigindo a retirada das tropas do interior da refinaria”.
Em fevereiro último, o sindicato levantou a suspeita de “a empresa esteja utilizando de ações de averiguações de segurança, previstas nas normas da empresa, como fachada para realizar uma série de avaliações da refinaria, visando a sua privatização”.
Intimidação
Nos últimos dias, os petroleiros têm realizado reuniões setoriais para discutir estratégias de luta contra a privatização da Regap e também por melhores condições de trabalho. Nesse sentido, entende-se que a presença do Exército, na unidade, além de não ser normal, é avaliada como uma forma de intimidação à categoria.
Portanto, ficam as indagações: Se se trata de treinamento do Exército Brasileiro poderia ser realizado na Rlam/Acelen, na Bahia, privatizada e “comprada” pela Mubadala Capital? Ou na Reman, de Manaus (AM), que é uma das oito refinarias que a Petrobrás colocou à venda como parte de uma obrigação do Termo de Compromisso e que também se encontra numa região estratégica e extremamente sensível para o planeta e de cobiça internacional?
E, ainda: O treinamento do Exército na Regap visa defender a sociedade e a soberania nacional ou está a serviço de interesses privados espúrios, como o mercado financeiro, dos rentistas? Se a refinaria de Betim é área de interesse de segurança nacional, por que a Rlam/Acelen e a Reman também deveriam ser ou não?
Quem é Mubadala Capital
Subsidiária de gestão de ativos da Mubadala Investment Company, um investidor global com sede em Abu Dhabi.