NOTÍCIAS
Redação ABCP
A retomada das atividades presenciais da ABCP, depois de dois anos de pandemia da Covid-19, foi realizada com chave de ouro: com a palestra do economista aposentado da Petrobrás, Cláudio da Costa Oliveira. Foi no dia 20 de abril último, na sede do Sindipetro-LP, em Santos, e com transmissão em videoconferência para a sede de São Sebastião.
Oliveira mostrou que a petrolífera brasileira é vítima de uma propaganda sistemática de difamação e desvalorização, por consequência, a soberania e os interesses da sociedade brasileira também são abalados e vilipendiados. “Tudo o que aparece é para atender ao mercado, que é tratado como o supremo soberano e coberto de razão”, critica.
Segundo ele, há uma orquestração que envolve governos, mídia e os que se dizem “especialistas” que tenta, a todo momento, colocar na cabeça da sociedade brasileira que a Petrobrás é deficitária e só dá prejuízo. “É um crime quando falam isso. Um crime contra a economia brasileira. A Petrobrás nunca foi deficitária e nunca deu prejuízo. Ao contrário, estamos falando de uma empresa que gerou empregos de qualidade, alavancou a pesquisa e a ciência no País”, ressalta.
O discurso que vemos na televisão, no rádio, nas revistas e nos jornais de que a Petrobrás está quebrada, continuou o economista, é apenas para facilitar a venda e o desmonte do maior patrimônio nacional já criado. Ele indagou: “Alguma vez, um desses jornalistas que adoram falar mal da empresa, apresentou um número consistente, real? Nunca! Está é a ‘mãe’ de todas as mentiras.”
Enquanto mentem para a sociedade brasileira, ressaltou Oliveira, sofremos com uma política de preços dos combustíveis danosa e vemos os ativos da empresa sendo vendidos como “banana numa feira livre”. Para ele, o ataque atual contra a Petrobrás faz parte de uma política econômica que desidrata o Brasil em termos industriais. “Na década de 1980, a indústria brasileira produzia mais que a China e a Coreia do Sul juntas. Hoje vemos o País se desindustrializar, arrebentar a Petrobrás faz parte desse “pacote” de demonstre. Retrocedemos no tempo, voltamos a ser uma economia primária”, criticou Oliveira.
Carta-testamento
Para o economista aposentado da Petrobrás, quando se perde a noção de história e do passado ficamos reféns das maiores atrocidades, como estamos vendo atualmente. Por isso, ele sugere, por exemplo, ler a carta-testamento de Getúlio Vargas: “É uma aula de amor e compromisso com o Brasil. Que país do mundo teve um presidente que se matou pelo seu povo?”.
Leia também
* Getúlio: construtor do Estado nacional
Assim como devemos conhecer e valorizar nossa história, Oliveira conclamou à unidade sindicatos e povo brasileiro em defesa da Petrobrás, e tudo o que ela representou e representa para o desenvolvimento nacional. “Não acreditem no que diz a imprensa, com destaque para alguns jornalistas, como Miriam Leitão e Carlos Sardenberg, pois estão imbuídos em apenas dizer que a Petrobrás está sempre à beira da falência. Isso não é verdade”, endossou de forma enfática.
Cláudio da Costa Oliveira se contrapõe ao que querem nos passar, sendo taxativo: “Soberano é o povo brasileiro, e não o mercado.” Ao mesmo tempo, exortou para que parem de vender as refinarias e os ativos da Petrobrás. “Estamos retrocedendo e ficando nas mãos das vontades e humores dos donos do mercado. Quem vem de fora vem para nos explorar, quem tem de defender os nossos interesses somos nós, os brasileiros”, destacou.
O que se vê, hoje, avisou Oliveira, é as petrolíferas estrangeiras exportando o nosso petróleo sem pagar nenhum imposto, como a participação especial. “Oito bilhões de dólares deixaram de ser pagos na exploração do campo de Búzios (RJ). Ao mesmo tempo, em que se subsidia os importadores de combustível”, relacionou. E completou: “É o dinheiro do povo brasileiro que está sendo transferido para os acionistas privados da Petrobrás.”
Caravana
Oliveira, ao final da palestra, falou sobre a criação do site Soberano Brasil www.soberanobrasil.com.br para levar as informações verdadeiras sobre a economia nacional, com destaque para a Petrobrás. “Estamos, neste momento, na organização da “Caravana popular pela soberania nacional, com a seguinte pauta: reestatização de ativos estratégicos, pelo fim da política de preços da Petrobrás (PPI) e pelo fim da Mentira da Petrobrás “quebrada”, que deverá percorrer todo o território nacional alertando o povo brasileiro sobre a necessidade da retomada de nossa soberania (sem soberania não existe nação)”, informou aos presentes.
Para mais informação sobre a atividade e como participar, clique aqui.