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Todo apoio à luta dos caminhoneiros contra a miséria

04/11/2021

  

Todo apoio à luta dos caminhoneiros contra a miséria

Da Redação da ABCP
Com informações do portal de notícias Rede Brasil Atual

Diretores da ABCP estiveram, na tarde desta quarta-feira (3/11), no Porto de Santos (SP), para dar apoio e solidariedade ao movimento dos caminhoneiros autônomos e celetistas. A categoria entrou em greve, numa forte mobilização nacional, no dia 1º de novembro último. O novo aumento do diesel, que subiu 9% na última, elevou ainda mais a temperatura entre os integrantes da categoria. “Não tem mais como aguentar. Estamos numa situação pior que 2018”, disse o presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, o Chorão.

Em reportagem para o “Seu Jornal”, da TVT (TV dos Trabalhadores), Chorão afirmou que a categoria viu como “piada” e “chacota” a proposta do presidente Jair Bolsonaro de oferecer um vale-combustível de R$ 400 para os caminhoneiros autônomos. Em 2021, o diesel acumula alta de 65%.

Nesse sentido, outro fator de insatisfação foi a maneira como a categoria foi tratada pelo ministro de Infraestrutura, Tarcísio de Freitas. Em palestra a empresários na última sexta-feira (22/10), ele sugeriu aos caminhoneiros que aumentassem o preço do frete para cobrir as perdas com a alta dos combustíveis.

Outra promessa não cumprida pelo governo Bolsonaro é uma linha de crédito de R$ 100 mil a ser concedida pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a manutenção dos caminhões. De acordo com Chorão, até 75% das receitas dos caminhoneiros são gastas para encher o tanque e trocar peças dos veículos.

A única “promessa” cumprida pelo presidente, segundo ele, foi o aumento do diesel, que foi antecipada por Bolsonaro ainda no final de semana. “Realmente ele cumpriu com a palavra dele. A gente só não esperava que era um reajuste 9% de cara”, ironizou.

Fim do PPI e piso do frete
Os caminhoneiros reivindicam o fim da política de Preço de Paridade Internacional (PPI), adotada pela Petrobrás desde 2016. Desde então, os preços dos combustíveis são reajustados de acordo com a variação do petróleo no mercado internacional, cotado em dólar.

Além disso, a categoria também pressiona para que o Supremo Tribunal Federal (STF) decida pela constitucionalidade da lei que institui o piso mínimo do frete. O diretor da CNTT revela ainda que uma reunião com o governo federal para esta quinta-feira (28) foi desmarcada. “Infelizmente é através desse movimento paredista, marcado para o 1º, que pode acontecer algo diferente”, vaticinou, sobre a mobilização para a greve dos caminhoneiros.

>> Confira o vídeo clicando aqui.