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Para o diplomata Celso Amorim, que chefiou o Ministério das Relações Exteriores e foi embaixador brasileiro no exterior, o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro, na abertura da 76ª Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova York, em 21 de setembro último, foi lamentável na forma, na postura e no conteúdo.
O discurso foi marcado por mentiras e imprecisões e teve repercussão totalmente negativa em todo o mundo. Entre outros absurdos, Bolsonaro voltou a defender o uso de medicamentos ineficazes contra a Covid-19 e a atacar medidas sanitárias para evitar o contágio do vírus.
Especialistas observam que Bolsonaro, na verdade, fez um discurso para os seus apoiadores brasileiros, e não um discurso de verdade sobre o que acontece de verdade no Brasil. Por isso, não constou do palavrório presidencial as investigações sobre negociações fraudulentas de vacinas envolvendo seu governo e intermediários, por exemplo.
O Brasil precisa garantir o caminho do desenvolvimento, da decência pública, da sustentabilidade, do respeito aos povos originários, dos bons modos republicanos.