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Há 67 anos de seu suicídio, Getúlio Vargas ainda continua a dar lições, principalmente com a sua “Carta Testamento”. Em 23 de agosto de 1954, dia do seu suicídio, Getúlio falava das forças e dos interesses contra o povo brasileiro e do “domínio e espoliação dos grupos econômicos e financeiros internacionais”, aliados a grupos nacionais, contra o País. À época, ele já denunciava o ataque à petrolífera brasileira: “Quis criar liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobrás e, mal começa esta a funcionar, a onda de agitação se avoluma.” Também não lhe escapou a batalha contra a criação da nossa Eletrobrás.
Vargas é o construtor do moderno Estado brasileiro. Além de ser o líder da transformação de uma economia agrária exportadora voltada para fora em outra industrializada e voltada para dentro, ele criou instituições que contribuíram para o desenvolvimento econômico e social do País. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) ainda é o arcabouço geral de regulação das relações de trabalho; sem mencionar o salário mínimo; a ampliação do crédito agrícola via programas do governo federal e de carteiras do Banco do Brasil; a criação do BNDES, que ainda financia boa parte dos investimentos na indústria e na infraestrutura; a criação das companhias Vale do Rio Doce e Siderúrgica Nacional (ambas em 1942) e da Petrobrás (em 1954).
Atualmente, o governo e a diretoria da Petrobrás vêm dilapidando o patrimônio da empresa para satisfazer o mercado e os acionistas. Eles vendem os ativos lucrativos a preço de banana para distribuir dividendos.
“Não querem que o povo seja independente”, já alertava Getúlio Vargas. A história está se repetindo.
Precisamos defender a Petrobrás. É com trabalho de base que se organiza a categoria! Precisamos de unidade, solidariedade e mobilização de todos os petroleiros junto com a sociedade.