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Petros - A Petrobrás é responsável pelo déficit na Petros e está cobrando dos trabalhadores
08/01/2020
A partir de 2003, a Fundação Petros, sob a concordância da CUT e sua correspondente federação da categoria, a FUP, teve seus gestores e órgãos controladores indicados pelo Partido dos Trabalhadores.
A experiência de luta contra gestões passadas e o conhecimento dos males que nos afligiam, tanto na forma estrutural, quanto na aplicação do nosso patrimônio, davam à CUT/FUP, nossa quase total aceitação na certeza que nosso Fundo de Pensão teria finalmente a possibilidade de ser sanado e com isso de fato servir como sustentação das políticas de governo para a melhoria do nosso país.
Fomos ludibriados. A gestão que assumiu, não só investiu nosso patrimônio seguindo as determinações daquele governo, cujo foco, não visou o país, mas a sua eternização no poder, como, de forma criminosa, dele se locupletou. Vários desses gestores, nossos conhecidos, estão hoje respondendo pelos crimes que praticaram.
O resultado dessa política aponta hoje para um déficit que alcança a casa dos R$ 36 bilhões.
O governo que assumiu o país não tem qualquer solução que nos contemple. A proposta para equacionar esse déficit absurdo é imoral, pois tenta chantagear o participante ativo e o assistido. Sem trazer solução para o que ocorreu, apela para a redução eterna do nosso benefício.
A FUP, federação responsável, seja por ação, seja por omissão, pelo tamanho do atual déficit, novamente, de forma traiçoeira vende a categoria ao se negar a lutar e aceitar a proposta de um presidente que não veio para solucionar o problema do participante, mas resolver o problema da patrocinadora, a Petrobrás.
Ao aceitar a proposta do atual presidente da Petros, Bruno Dias, chamada de NPP, enterraremos totalmente as dívidas da Petrobrás com o PPSP.
Há várias questões não resolvidas na proposta, entre elas necessário destacar, o AUMENTO das contribuições de todos aqueles que ganham até R$ 5.000,00 como suplementação da Petros – a média dos benefícios da maioria da categoria da base do Sindipetro LP está dentro dessa faixa. Dessa forma a proposta não beneficia grande parte do Litoral Paulista.
Além disso, Bruno Dias exige que os Sindipetros aprovem em assembleia a proposta e nela embute mais duas maldades: impede o Sindipetro LP de entrar com ações em favor da nossa categoria e abre espaço para alterar a forma de contribuição que transformará o PPSP em um simples plano CD.
Em assembleia deliberativa, a categoria petroleira do Litoral Paulista rejeitou a proposta condicionante contida na NPP do Sr. Bruno Dias.
Ficou claro a quem participou das 3 assembleias que o Sr. Bruno não tem respostas para os nossos problemas e busca solução para a Petrobrás.
A solução do problema da Petros para a Petrobrás é a forma exata para realizar a privatização da nossa empresa.
Sergio Salgado