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A Petrobras informou na noite de quarta-feira, 22, que seu conselho de administração aprovou a venda de mais uma parte de sua participação na BR Distribuidora. O processo será feito por meio de uma oferta pública de ações, em mais uma etapa de seu plano de desinvestimentos.
Após a venda dessas ações no mercado financeiro, a participação remanescente da Petrobras no capital social da BR será inferior a 50%, comunicou a empresa em fato relevante ao mercado financeiro. A petroleira, que detém 71,25% da BR, maior distribuidora de combustíveis do país, pode levantar cerca de 6 bilhões de reais se vender uma fatia superior a 21,25% na companhia, considerando o valor de mercado da empresa, de 27,3 bilhões de reais.
O valor levantado pode ser ainda maior se a empresa levar adiante um plano de reduzir a participação na BR para até 40%, conforme está sendo discutido nos bastidores da negociação. A petroleira estatal, que projetou no ano passado desinvestimentos potenciais de 26,9 bilhões de dólares (cerca de 108,2 bilhões de reais), no período do plano de negócios 2019-2023, tem na BR um de seus principais ativos do programa de vendas.
No fim de 2017, a Petrobras levantou cerca de 5 bilhões de reais com a abertura de capital da empresa, com uma oferta inicial da ações, (IPO, na sigla em inglês) de cerca de 30% das ações da distribuidora.
A empresa não detalhou como será a nova oferta de ações, mas, em geral, companhias listadas abrem tais operações para todas as classes de investidores. Em comunicado, a BR afirmou que, a pedido da Petrobras, está convocando assembleia de acionistas para definir alterações do estatuto social para adequar a potencial nova composição acionária.
A Petrobras tem vendido ativos para reduzir dívidas e melhorar a alocação do capital da companhia, especialmente na produção de petróleo e gás no pré-sal. O atual presidente da BR, Rafael Grisolia, quando ainda era diretor financeiro da Petrobras, disse que o plano da empresa era vender uma fatia adicional à distribuidora, mas seguir como acionista relevante. Segundo ele, a empresa de combustíveis terá mais valor se puder tomar decisões de forma mais ágil em um mercado competitivo.
Fonte: veja